sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Novo modelo de administração terá metas conhecidas no mês de abril

22.02.2008

Roberto Pereira/SEI
“Queremos fazer mais, em menos tempo e utilizando menos recursos”. Foi desta maneira que o governador Eduardo Campos resumiu a nova forma de administrar a máquina pública estadual que, ainda este ano, passa a contar com objetivos estratégicos, metas e prazos. “A integração proposta por este novo modelo de gestão que estamos discutindo para Pernambuco, tem como objetivo gerar mais produtividade, economizar tempo e recursos, e facilitar o processo de planejamento do Estado”, completou Eduardo.
Para fazer ”mais com menos”, o governo se baseou no estudo de consultores do Instituto de Desenvolvimento Gerencial (INDG), responsável pelo choque de gestão em outros governos, a exemplo de Minas Gerais, e montou sua atuação em quatro perspectivas com foco prioritário na melhoria de vida da população mais carente, na interiorização do desenvolvimento e na transparência. As perspectivas são: o Governo; a Infra-estrutura; a Economia e o Social.
Com base nessas quatro perspectivas, 10 objetivos estratégicos foram traçados e darão o foco de todas as ações da administração estadual. Estas perspectivas e objetivos serão a orientação de toda a equipe, um eixo norteador para a realização das ações. Na área do Governo, os objetivos são equilibrar receitas e despesas, valorizar o servidor e aumentar a capacidade de implementar políticas públicas. O Controlador Geral do Estado, Ricardo Dantas, ficará a frente do grupo de trabalho formado pelos secretários das pastas envolvidas.
No que diz respeito à dotação de uma maior infra-estrutura, não só para atender aos grandes investimentos, mas também para beneficiar os pernambucanos, universalizar o acesso à água, ao esgotamento e melhorar a as condições de habitação é um objetivo estratégico. Aumentar e qualificar a infra-estrutura para o desenvolvimento é outro ponto a ser perseguido. Geraldo Júlio, secretário de Planejamento e Gestão, será o coordenador destes dois objetivos estratégicos.
Na área econômica os alvos também são dois: estruturar e modernizar a base científica, tecnológica e ambiental e implantar empreendimentos estruturadores aliados ao fortalecimento das cadeias e arranjos produtivos. “Estamos entrando tanto com a preparação do capital humano e social como também com os empreendimentos. Tem que fazer a refinaria? Tem, mas o que ela vai gerar para nós? quais as cadeias produtivas ligadas à refinaria que vão para o interior do estado?” ilustrou Geraldo Júlio. À frente das perspectivas econômicas ficará o secretário da Casa Civil, Ricardo Leitão.
A parte que abarca os objetivos estratégicos da área social inclui uma saúde voltada para o atendimento integral, redução e prevenção da violência, melhoria e ampliação da educação e a valorização da cultura, todos estes objetivos ficarão a cargo do vice-governador João Lyra Neto. Ainda no campo social, há o objetivo estratégico de promover a cidadania e aumentar a empregabilidade, reduzindo as desigualdades, que será coordenado pelo secretário de Articulação Social, Waldemar Borges.
Depois de traçadas, as metas serão acompanhadas mensalmente pelo governador e diariamente pelos coordenadores e secretários responsáveis. “Estamos trabalhando para consolidar esse processo no dia 10 de abril. Com todas as ações definidas, serão 10 objetivos estratégicos, 100 metas e recursos da ordem de R$ 1 bilhão que vão dar suporte à essas metas”, adiantou Geraldo Júlio.
O novo modelo de administração obedece a um padrão parecido com o usado em empresas privadas como a Petrobras e o grupo Gerdau. Há o planejamento e a fase de execução. Depois, a avaliação e a execução para, por fim, atualizar novamente o planejamento.
“Estamos trabalhando neste sentido desde o período de transição. Outras gestões só conseguiram chegar aonde estamos chegando no final do terceiro ano de governo e nós estamos correndo para implantar no início do segundo ano. Vamos ter mais tempo para obter resultados e, conseqüentemente, colheremos os frutos mais cedo”, afirmou Eduardo Campos.

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