quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

POLÍCIA

Empresário confessa a morte de funcionáriosO empresário Antônio Cazé Filho, 56 anos, confessou hoje o assassinato de dois funcionários que trabalharam em seu depósito de confecções, localizado na Avenida Recife, na Zona Sul do Recife. Em depoimento ao delegado Gilmar Rodrigues, ele disse que os crimes foram cometidos em legítima defesa, já que ele teria sido ameaçado. O empresário foi preso ontem, não pelos crimes de homicídio, mas por manter em cárcere privado outro funcionário, Daniel Lourenço de Barros, 47, que morava há quatro anos na garagem da casa do empresário, com a esposa e quatro filhos.A única vítima fatal identificada é José Henrique do Nascimento Júnior, 22 anos, que foi morto por Antônio Cazé Filho em 2000. “Os outros ele disse que não lembrava os nomes”, contou o delegado. A polícia acredita que os crimes foram motivados por dívidas trabalhistas. “Ele teve a prisão preventiva decretada ontem pela 1ª Vara Criminal da Capital pelo assassinato do José Henrique. Este crime já está na fase judicial. Os outros estão sendo investigados”, disse Gilmar Rodrigues.De acordo com o delegado, o empresário também vai responder por mais duas tentativas de homicídio, todas contra ex-funcionários. Por manter Daniel Lourenço de Barros e sua família na garagem da sua casa, os crimes são cárcere privado, coação de testemunhas e porte ilegal de armas. Antônio Cazé já foi encaminhado ao Centro de Observação e Triagem Professor Everaldo Luna (Cotel), em Abreu e Lima.Hoje pela manhã, Daniel Lourenço – que é testemunha de um dos crimes do empresário - contou que era ameaçado. “Ele me obrigou a morar lá. Não podia sair da casa sozinho. Ele dizia que seu contasse alguma coisa, ele me matava, matava a minha família e tocava fogo nos corpos para despistar a polícia”, revelou. O funcionário ainda vai avaliar se quer fazer parte do Programa de Proteção à Testemunha, do Ministério da Justiça.A prisão e a divulgação dos crimes do empresário foi fruto de um acaso. Ontem, a juíza Fernanda Moura, mandou a Justiça ir até o endereço fornecido por Daniel Lourenço de Barros, que não compareceu a nenhuma das audiências do caso do qual era testemunha. Ao chegar ao local, a policia constatou que o endereço da testemunha era o mesmo do réu e verificou as condições em que a família dele era mantida.Da Redação do PERNAMBUCO.COM

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