quinta-feira, 30 de outubro de 2008
INOCÊNCIO OLIVEIRA EXALTA ESTRATÉGIA MUNDIAL DE EXPANDIR A LÍNGUA PORTUGUESA
O Deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE) parabenizou em discurso no Plenário da Câmara dos Deputados, a aprovação do Fundo de Língua Portuguesa.
A proposta foi aprovada em Lisboa, durante a Sétima Cimeira, que constitui uma nova estratégia de reconhecimento e promoção da língua portuguesa no mundo.
O Parlamentar destacou que, durante o encontro, o Brasil se comprometeu a implantar o Acordo Ortográfico ainda em 2009, num esforço de valorização da língua portuguesa, mesmo com as distorções do ensino verificadas no país.
“Vejo, com muito otimismo, o futuro da expansão da nossa língua e espero que a ação diplomática dos nossos países cada vez mais se concatene com a ação cultural aqui exposta”, concluiu.
Leia a íntegra do discurso do Deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE)
O SR. INOCÊNCIO OLIVEIRA (PR-PE. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o Encontro dos Países de Língua Portuguesa (ou VII Cimeira), em Lisboa, aprovou a criação de um Fundo da Língua Portuguesa, no âmbito de uma nova estratégia de reconhecimento e promoção da língua portuguesa no mundo.
E essa iniciativa foi muito importante, porque o Brasil se comprometeu a implantar o acordo ortográfico ainda em 2009, mesmo com as distorções do ensino em nosso País e o alto grau de iliteracia existente - isto é, pessoas alfabetizadas, mas que não compreendem ou entendem o texto dado para leitura.
O Fundo da Língua Portuguesa criado em Lisboa, com dotação inicial de 38 milhões de euros, tem como objetivo privilegiar "atividades, projetos e programas nas vertentes da comunicação, da capacitação, da utilização das novas tecnologias da informação, da formação e do ensino do português e em português", em todo o mundo.
Naturalmente, o Brasil, com sua população de mais de 190 milhões de habitantes, terá posição de vanguarda nesse plano de expansão do ensino do português, inclusive na promoção de cátedras de ensino da língua portuguesa e da literatura luso-afro-brasileira em universidades do Canadá - onde há grande população de origem portuguesa e centenas de brasileiros - dos Estados Unidos, da Austrália, da Nova Zelândia e da própria Europa - a dos 27 e a do restante dos países europeus não vinculados à Comunidade Econômica Européia (CEE).
Não descarto que essa promoção - e aqui fica a sugestão ao governo - seja extensiva aos países hispano-americanos, pois o Brasil vem adotando o ensino do espanhol no segundo ciclo. E até nos concursos e exames curriculares a opção pelo espanhol pode ser exercida pelos candidatos, como língua estrangeira. A Universidade de Salamanca, por outro lado, em ação conjunta com o Instituto Ibero-americano de Cooperação vem realizando no Brasil provas de habilitação de brasileiros ao exercício do magistério do espanhol como segunda língua do concursado.
O esforço do Governo brasileiro, em cooperação com os governos de Portugal e dos outros países de língua portuguesa, deve exercer-se no sentido de introduzir o português como "língua de trabalho e de negociação internacional". Isto pode ser feito concomitantemente com a transmissão de uma "imagem contemporânea" do Brasil nas áreas de comércio, negócios e cultura.
Em Portugal, os resultados da VII Cimeira ou Encontro da CPLP refletem-se na próxima reestruturação do Instituto Camões, núcleo muito ativo de promoção cultural de Portugal, que atua, também, na área de concessão de bolsas de estudos. Mais ainda: há, em curso, projeto de valorização do patrimônio cultural de origem portuguesa espalhado pelo mundo, boa parte do qual se encontra em terras brasileiras: igrejas, capelas, conventos, fortes, fortalezas, pinturas, esculturas, livros, mapas, litografias, gravuras, móveis e tapeçarias.
No Brasil, a assinatura do acordo feito pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e todos os países de língua portuguesa será um marco para unificação de nossa língua e terá grande repercussão em todo o mundo.
Nesse contexto de promoção da língua portuguesa e da literatura dos países de língua portuguesa, ressalto a importância do Instituto Internacional de Língua Portuguesa, cujas ações serão concertadas com organizações e entidades educativas e culturais dos países membros da CPLP, principalmente do Brasil.
Vejo, com muito otimismo, o futuro da expansão da nossa língua e espero que a ação diplomática dos nossos países cada vez mais se concatene com a ação cultural aqui exposta.
Muito obrigado.
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