A Farmácia de Pernambuco da Secretaria Estadual de Saúde (SES), descentralizou a entrega de medicamentos para os pacientes renais crônicos, facilitando a vida dos doentes que se submetem à hemodiálise e, devido às condições de saúde, tinham enormes dificuldades para se deslocar até a unidade localizada, na Boa Vista. Em programa idealizado pela Farmácia, os medicamentos são entregues nas próprias clínicas onde os pacientes se tratam. Atualmente, oito clínicas – sete na Região Metropolitana do Recife (RMR) e uma em Carpina – já integram o programa, beneficiando 2 mil pessoas.
Antes da implantação do programa, os pacientes só podiam receber a medicação na sede da Farmácia, na Rua Padre Inglês. Muita gente se deslocava em difíceis condições de saúde, logo após ter saído da sessão de hemodiálise. Com a descentralização, o paciente recebe o remédio com maior facilidade e menos sofrimento. Para o gerente da Farmácia, José de Arimatéia, "o programa é uma forma de humanizar o atendimento a essas pessoas e resolver a burocracia do procedimento de entrega".
O programa também derruba outra barreira. Para receber a medicação, o paciente ou seu responsável precisa apresentar uma documentação que é composta, inclusive, de laudo médico. De acordo com o procedimento de entrega, nos casos de erro, falta de dados ou documentação incompleta, o medicamento não é retirado. Com a entrega na clínica, acontece diferente. "Os problemas são resolvidos na hora e com o auxílio do médico que acompanha o paciente", disse a farmacêutica Marcela Rangel, da equipe técnica.
O estudante Isaías Medeiros, 30 anos, é um dos pacientes assistidos pelo programa. Hoje, ele recebe o medicamento logo após a sessão de hemodiálise. Antes, o pai era o responsável por ir à Farmácia e retirar a medicação, pois o estudante não podia. "Dessa forma é bem melhor, pois evitamos os transtornos de ir até a Farmácia", falou.
A parceria acontece da seguinte forma: a Farmácia apresenta o trabalho à clínica, que decide se quer aderir à proposta. Para participar do programa, a clínica precisa, apenas, ceder um espaço para a entrega dos medicamentos e conexão para acesso à internet, durante os dois dias em que a equipe permanece no local, o que ocorre uma vez por mês. A meta é de que, até o final de 2009, todas as clínicas do Estado sejam parceiras.
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