Aluísio Moreira/SEI
Trilhas da Diáspora: Literatura em África e America Latina. Este é o tema da 4ª edição da Festa Literária Internacional de Porto de Galinhas (Fliporto), que foi aberta, nessa quinta-feira (06), pelo governador Eduardo Campos. O evento, que tem apoio do Governo do Estado, acontece até o dia 09 de dezembro em um hotel na praia de Porto de Galinhas, no município de Ipojuca. Este ano, os escritores homenageados pela Fliporto são: Solano Trindade, Machado de Assis, Cruz e Souza, Castro Alves, Josué de Castro, Maximiano Campos e Jorge Amado.
Este ano, quando se comemora os 120 anos do fim da escravatura no Brasil, a Fliporto tem como objetivo estreitar as relações entre a literatura brasileira e a africana. Eduardo Campos acredita que Pernambuco é o local ideal para haver essa reaproximação. “Sempre fomos um Estado de vanguarda nas lutas libertárias. O clima de Pernambuco combina com o tema do festival e essa é uma grande oportunidade de fazermos o público conhecer melhor a cultura africana e também pagarmos uma dívida histórica com esse povo guerreiro”, afirmou o governador, filho do escritor Maximiano Campos.
Antônio Campos, curador da Fliporto, explicou que desde o ano passado quando a festa virou internacional, a idéia é buscar uma maior integração entre o Brasil e os países com que temos relações culturais mais fortes. “Ano passado buscamos a aproximação com a América Latina. Nesta edição continuamos as parcerias com os nossos vizinhos americanos, indo mais além, atravessando o atlântico e resgatando a cultura africana, tão importante na formação cultural latino-americana”, explicou Antônio Campos, irmão do governador e membro da academia pernambucana de letras.
Após a solenidade de abertura, o secretário de cultura e escritor Ariano Suassuna apresentou, para uma platéia formada por escritores, brasileiros e estrangeiros, entre outras celebridades do mundo cultural, sua aula espetáculo Nau. Também estiveram em Porto de Galinhas o secretário de turismo de Pernambuco Sílvio Costa Filho, a deputada federal Ana Arraes, o presidente da Funarte Zulu Araújo, que representava o Ministério da Cultura, e o prefeito de Ipojuca, Pedro Serafim.
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