sexta-feira, 2 de maio de 2008

INTERNACIONAL

Hugo Chávez ordena expropriação da SidorPublicado em 02.05.2008, às 11h21
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ordenou, na noite de quarta-feira (30), a expropriação da maior siderúrgica do país, a Sidor. A decisão foi anunciada depois de o governo não ter obtido sucesso em suas tentativas de adquirir a participação majoritária na companhia.
O governo vai transformar a Siderúrgica del Orinoco em uma "companhia socialista", disse Chávez para uma platéia de trabalhadores reunida em um teatro de Caracas. Atualmente, a Sidor é controlada pelo grupo ítalo-argentino Techint por meio da Ternium, com participação da brasileira Usiminas.
Desde a sua reeleição, em 2006, Chávez transformou a nacionalização das grandes empresas do país em prioridade. No ano passado, seu governo assumiu o controle das maiores empresas de telecomunicações e eletricidade da Venezuela e de joint ventures dirigidas por algumas das maiores petrolíferas do mundo. No início de abril, o presidente anunciou planos de nacionalizar companhias de cimento, incluindo a mexicana Cemex SAB, a francesa Lafarge SA e a suíça Holcim Ltd.
RETROSPECTO - Chávez determinou a nacionalização da Sidor no início do mês passado, tomando partido dos trabalhadores que buscavam melhores salários e benefícios. Membros do governo venezuelano têm conversado com representantes da Ternium sobre sua participação de 60% na Sidor, mas os dois lados não entraram em acordo.
Nesta semana, Chávez prometeu que seu governo não pagará os US$ 4 bilhões que segundo ele a Ternium está pedindo, ao chamar a quantia de excessiva. Oficiais do governo estimam o valor total da Sidor em aproximadamente US$ 800 milhões.
A Sidor foi privatizada em 1998. O governo, porém, mantém uma participação de 20% na empresa, enquanto os atuais e ex-funcionários são donos do restante. A siderúrgica produz cerca de 85% das 5 milhões de toneladas de aço que a Venezuela comercializa anualmente, de acordo com dados do Instituto Internacional do Ferro e Aço (IISI, na sigla em inglês).
Fonte: Agência Estado

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