segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Indianos querem produzir alumínio e operar callcenters em Pernambuco

O final da viagem do governador Eduardo Campos à Índia foi marcado por reuniões com grandes grupos iempresariais sediados no país asiático. Ao lado do secretário de Desenvolvimento Econômico, Fernando Bezerra Coelho, Eduardo reuniu-se com Sudhakar Ramasubramanian, presidente de novos negócios do grupo Aditya Birla, controlador da Hindalco, maior produtor de bobinas de alumínio do mundo e com a mineradora Zamin Sources.

Presente em outros 12 países, com um volume de negócios que ultrapassa os 14 bilhões de dólares por ano, a Hindalco é hoje a terceira maior da Ásia em produção de alumínio primário e trabalha para multiplicar por três sua capacidade operacional. A Companhia estuda a possibilidade de investir até R$ 60 milhões na instalação de uma usina de reciclagem em Pernambuco através da Novelis, sua subsidiária, que possui 34 unidades fabris em todo o mundo.

"A idéia é reciclar alumínio para confecção de latas de refrigerante, cerveja e outros produtos dessa linha", explicou o governador Eduardo Campos que, ao final deste mês, recebe o presidente da Novelis Brasil, Alexandre Almeida, para dar prosseguimento às negociações.

O Grupo Aditya Birla atua em diversos outros segmentos. Possui a quinta maior empresa de telefonia móvel da Índia e uma forte atuação no setor de call centers, o que também chamou a atenção da comitiva pernambucana. Com 14 mil posições, o Grupo está entre os 15 maiores do mundo.

"O setor de call centers recebeu atenção especial do nosso Governo e já demonstra resultado. Com a mudança na legislação tributária das centrais de atendimento por telefone conseguimos criar 10 mil novos postos de trabalho que, em sua maioria, são ocupados por jovens a busca do primeiro emprego. Daí o nosso interesse em ter o conglomerado atuando em Pernambuco", explicou o governador.

MINÉRIO DE FERRO – Eduardo Campos e Bezerra Coelho também se reuniram com o diretor presidente da Zamin, Pradeep Agarwal. A Companhia, que possui minas em Santana (AP) e Caitité (BA), demonstrou interesse em usar o Porto de Suape para exportar a sua produção: "Suape pode tornar-se a porta de saída do minério de ferro da Zamin que será exportado para o Cazaquistão a partir de 2009", adiantou o secretário.

Ao final do giro pela Ásia, Eduardo fez um balanço positivo da missão e frisou o contato feito com o Grupo Reliance como o mais significativo. "Estamos muito otimistas com a possibilidade de parceria entre o maior grupo privado da Índia e a maior empresa brasileira que é a Petrobrás". O governador disse ainda que a união das duas gigantes vai além do pólo petroquímico de Pernambuco: "A Reliance responde por 50% das exportações da Índia para o Brasil e a sua vinda para Pernambuco pode ser o ponto de partida para uma interação comercial maior entre duas grandes economias do mundo", acredita.

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