quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Bom Jardim retoma plantio de algodão
Após alguns anos em descrédito, devido a problemas como o ataque da praga do bicudo, e o conseqüente aumento nos custos de produção, a agricultura algodoeira começa a soerguer como uma alternativa de emprego e renda para agricultores em Bom Jardim, no Agreste pernambucano. O Instituto Agronômico de Pernambuco – IPA, órgão da Secretaria Estadual de Agricultura, está apoiando a produção do chamado “ouro branco”, que já foi instrumento propulsor do desenvolvimento daquela região. O algodão se configura como gerador e aproveitador de mão-se-obra no campo no período seco.
O agricultor José Vanildo de Barros, 47 anos, proprietário de três hectares no Sítio Caiana, plantou 1,5 hectares em junho com a cultura do algodão, agora começa a colher os primeiros resultados. “É dinheiro garantido”, afirma satisfeito. O agricultor contou com o apoio do IPA que cedeu as sementes, arou a terra e prestou assistência técnica e extensão rural. A iniciativa tem parceria da Associação dos Pequenos Produtores de Caiana.
José Vanildo explicou que não precisou usar inseticida, pois inexistiu a presença do bicudo. O algodão tem então características orgânicas. Segundo o agricultor, foram feitas quatro limpas na plantação. “O algodoeiro é muito susceptível à concorrência de ervas daninhas. Por essa razão ele deve ser mantido no limpo, isto é, livre das ervas daninhas desde a semeadura até próximo à colheita”, acentua.
Para o extensionista do IPA, Lourenço da Mata, o maior desafio é convencer os agricultores a voltarem a plantar o algodão. “Pouco a pouco vão voltando quando virem os vizinhos sendo bem sucedidos”, garante. A partir da união dos agricultores poderão ser formuladas estratégias sustentáveis para a produção do algodão. Com relação a comercialização, Lourenço afirma que o algodão é um produto que tem mercado garantido dentro da própria região Nordeste e não é perecível o que se constitui em uma grande vantagem para o produtor.
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