quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Começam ações de controle da raiva na região de Floresta


Durante esta semana (de 17 a 21), serão realizadas capturas de morcegos na região de Floresta e de Buíque. O objetivo é desenvolver uma ação de combate a raiva. Em Floresta, um adolescente de 15 anos desenvolveu a doença após ser mordido por um morcego. Floresta não havia registrado ainda nenhum caso de raiva animal. Técnicos da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro) estão realizando trabalhos de controle populacional do morcego e trabalhos de educação sanitária na região.

Até outubro deste ano foram confirmados 102 casos da doença em animais, número superior ao de 2007, que foi 56. As cidades que mais apresentaram casos da doença foram: Gravatá (16), Moreno (15), Pedra (8), São José do Egito (7) e Venturosa (6).

A forma mais eficaz de combater a raiva é através da vacinação anual. No entanto a Adagro também realiza o controle populacional de morcegos através de capturas noturnas. O trabalho é realizado por quatro equipes distribuídas pelo Estado. “Esse tipo de ação só pode ser feita em noites sem lua, pois os morcegos atacam mais em dias de pouca luminosidade” explicou o coordenador do Programa de Raiva dos Herbívoros, Ricardo Gueiros.

Ainda de acordo com Gueiros, depois de capturados os morcegos recebem uma pasta vampiricida e são soltos. Ao voltarem para o abrigo os morcegos tem o hábito de lamberem uns aos outros multiplicando o efeito do produto. A pasta causa hemorragia e um morcego é capaz de matar outros 20 no refugio. Este ano foram realizadas 54 capturas de morcegos, havendo uma redução populacional de cerca de 4 280 animais. As cidades que mais tiveram capturas foram Arcoverde (12) e Venturosa (19).

Conhecida popularmente como escancha e hidrofobia, a raiva é uma doença contagiosa que ataca todas as espécies animais, inclusive o homem. O principal transmissor da raiva dos herbívoros é o morcego hematófago Demodus rotundus, que vive em cavernas, porões, bueiros abandonados e em casas abandonadas. A raiva pode ser também transmitida pela simples deposição de saliva virulenta sobre uma ferida na pele ou mucosa. Assim a transmissão pode também se dar pelos alimentos e pela água, porque o vírus penetra por qualquer lesão do aparelho digestivo.

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