terça-feira, 4 de novembro de 2008
Feira de saúde destaca papel da Comunicação no combate à dengue
O primeiro dia da 8ª Expoepi - Mostra Nacional de Experiências bem-sucedidas em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças, evento realizado em Brasília, foi marcado pela discussão sobre a importância da comunicação e mobilização social. A reunião, no Centro de Convenções Brasil 21, contou com a participação de 60 assessores de comunicação e técnicos da área de Saúde, e foi aberta pelo Secretário de Vigilância em Saúde, Gerson Penna.
Para exemplificar o processo de educação, comunicação e mobilização social foram apresentadas ações relativas ao combate à dengue. O Ministério da Saúde criou, por exemplo, um comitê de imprensa exclusivo para tratar do assunto. A necessidade se justifica pelo aumento do número de casos da doença em todo o País. Outro desafio é a mudança do padrão etário da doença, com o acometimento maior em crianças. Em 98, por exemplo, foram registrados 1,2 casos de dengue clássica para cada 100 mil habitantes com menos de um ano de idade no Brasil. Em 2008, já são 39,5 de casos para cada 100 mil/hab. O aumento do número de hospitalizações e óbitos também é fator de preocupação.
O trabalho do comitê de imprensa no combate à dengue, de acordo com Marcier Trombiere, assessor de comunicação do MS, envolve definição de estratégias de comunicação, produção de material educativo e informativo, convocação da imprensa, participação de reuniões semanais com a área técnica e articulação com os assessores de comunicação dos Estados. A mobilização das entidades civis, inclusive, dos órgãos de comunicação, foi destacado por ele como um grande apoio no processo de combate da dengue. "Até as novelas estão veiculando, através do diálogo dos atores, mensagens educativas", afirmou.
Para Gerson Penna, a comunicação é a ferramenta principal desse despertar da sociedade. "No caso da dengue, precisamos fazer a população entender que ela é o ator principal desse processo, e não o governo", disse. Penna destacou ainda a nova estratégia de comunicação com relação à Dengue, que não tem mais um Dia D de combate à doença, mas sim, um trabalho permanente de controle.
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