terça-feira, 23 de março de 2010
Usinas nucleares - Ministro defende plena autonomia do Brasil para processamento de urânio
O ministro Samuel Pinheiro Guimarães, da Secretaria de Assuntos Estratégicos, defendeu ontem, na Câmara, a autonomia na produção do combustível necessário ao funcionamento das usinas nucleares no País. Ele argumentou que com investimentos de R$ 660 milhões é possível construir uma fábrica de transformação do urânio enriquecido no gás hexafluoreto de urânio (UF6), uma das etapas da fabricação do combustível nuclear.
Durante reunião do Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica para discutir as políticas nuclear e espacial brasileiras, o ministro lembrou que, atualmente, o Brasil realiza todas as demais fases do processo, e que apenas essa ocorre fora do País.
Na opinião do ministro, a construção da fábrica só não ocorreu ainda, porque não há grupos de pressão a seu favor. “Ao contrário. Existem até pessoas com a convicção de que a dimensão adequada para o Brasil é a pequena”, sustentou.
Soberania - Para o ministro, existem três problemas cruciais para o desenvolvimento consistente das políticas nuclear e espacial: a alocação de recursos adequados, a continuidade desse financiamento e a formação de pessoal. “Essas são áreas estratégicas para a soberania do País. As dotações, que já são insuficientes, não podem ser contingenciadas. O ideal é que o orçamento fosse plurianual”, defendeu.
Presidente do conselho, o deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE) disse que o colegiado fará o possível para evitar o corte do orçamento pelo governo para esses setores.
“Temos membros de todos os partidos políticos e podemos falar com o ministro do Planejamento [Paulo Bernardo], além de incluir na, Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e no Orçamento, a proibição de que recursos para áreas estratégicas sejam contingenciados”, afirmou o deputado.
Autossuficiência - Hoje o Brasil é um dos poucos países no mundo com capacidade de ter autossuficiência em tecnologia nuclear. Além de dominar todas as etapas de fabricação do combustível nuclear, conhece o processo de fabricação de reatores e desenvolveu e fabricou as ultracentrífugas mais avançadas do mundo. Esse equipamento é utilizado na reconversão do gás UF6 para a forma sólida, utilizada na confecção do elemento combustível.
O País também possui uma das maiores reservas do mundo de minério de urânio. Com apenas 30% do território prospectado, a uma profundidade de 100 metros somente, tem reservas conhecidas de urânio de 309 mil toneladas. Para alimentar as duas usinas em funcionamento, são necessárias 400 toneladas anuais.
Segundo disse o ministro, o governo já decidiu construir quatro novas usinas nucleares e estuda a possibilidade de implantação de outras quatro. Com essa nova capacidade instalada, a demanda por urânio subiria para 1.200 toneladas mensais.
Durante reunião do Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica para discutir as políticas nuclear e espacial brasileiras, o ministro lembrou que, atualmente, o Brasil realiza todas as demais fases do processo, e que apenas essa ocorre fora do País.
Na opinião do ministro, a construção da fábrica só não ocorreu ainda, porque não há grupos de pressão a seu favor. “Ao contrário. Existem até pessoas com a convicção de que a dimensão adequada para o Brasil é a pequena”, sustentou.
Soberania - Para o ministro, existem três problemas cruciais para o desenvolvimento consistente das políticas nuclear e espacial: a alocação de recursos adequados, a continuidade desse financiamento e a formação de pessoal. “Essas são áreas estratégicas para a soberania do País. As dotações, que já são insuficientes, não podem ser contingenciadas. O ideal é que o orçamento fosse plurianual”, defendeu.
Presidente do conselho, o deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE) disse que o colegiado fará o possível para evitar o corte do orçamento pelo governo para esses setores.
“Temos membros de todos os partidos políticos e podemos falar com o ministro do Planejamento [Paulo Bernardo], além de incluir na, Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e no Orçamento, a proibição de que recursos para áreas estratégicas sejam contingenciados”, afirmou o deputado.
Autossuficiência - Hoje o Brasil é um dos poucos países no mundo com capacidade de ter autossuficiência em tecnologia nuclear. Além de dominar todas as etapas de fabricação do combustível nuclear, conhece o processo de fabricação de reatores e desenvolveu e fabricou as ultracentrífugas mais avançadas do mundo. Esse equipamento é utilizado na reconversão do gás UF6 para a forma sólida, utilizada na confecção do elemento combustível.
O País também possui uma das maiores reservas do mundo de minério de urânio. Com apenas 30% do território prospectado, a uma profundidade de 100 metros somente, tem reservas conhecidas de urânio de 309 mil toneladas. Para alimentar as duas usinas em funcionamento, são necessárias 400 toneladas anuais.
Segundo disse o ministro, o governo já decidiu construir quatro novas usinas nucleares e estuda a possibilidade de implantação de outras quatro. Com essa nova capacidade instalada, a demanda por urânio subiria para 1.200 toneladas mensais.
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