O Governador Eduardo Campos abriu, nesta segunda-feira (24), na Fundação Getúlio Vargas (FGV), Rio de Janeiro, o simpósio “O Brasil em Evidência - A Utopia do Desenvolvimento”. O evento homenageia o pernambucano Josué de Castro e o pensamento brasileiro de sua era no centenário de nascimento desse grande intérprete do Brasil.
Eduardo Campos disse que esta é mais uma tentativa de resgatar um “injustiçado brasileiro” que ainda não recebeu do seu país o reconhecimento devido. Também disse que é fundamental difundir o pensamento de Josué de Castro, Gilberto Freyre e outros pensadores entre os mais jovens.
“Esta é mais uma oportunidade de fazer justiça à obra de Josué de Castro que dedicou sua vida, sobretudo, a um projeto de construção da Nação, de um país diferente. Devemos dar conseqüência à vida e obra de Josué. Vivemos um momento propício para reinventar a utopia de desenvolvimento que eles pregavam. Precisamos ter ânimo para revigorar este debate”, afirmou Eduardo Campos, que recebeu uma réplica da placa que será entregue a Ana Maria Castro, filha de Josué de Castro.
Paulo Emílio Martins, professor da FGV, afirmou que, nos 40 anos em que circula pelos corredores da Academia, pela primeira vez tem ao seu lado um chefe de Estado disposto a colaborar com as discussões intelectuais. “Eduardo Campos sabe que existe uma Academia e tem consciência do papel que podemos desempenhar neste momento transformador da realidade brasileira”, lembrou Paulo Emílio. “Agora que o neoliberalismo é colocado em xeque, a Academia precisa emprestar muito à política, contribuindo para a inserção de novos debates e acabar com as discussões predominantemente eleitorais”, justificou o governador.
O simpósio acontece até o próximo dia nove de dezembro e é realizado pelo Programa de Estudos de Administração Brasileira – ABRAS com o apoio do Observatório da Realidade Organizacional e da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas – EBAPE/FGV.
Nenhum comentário:
Postar um comentário