Cinco lavanderias foram flagradas pela Compesa desviando água da adutora de Jucazinho, no trecho entre Caruaru e Riacho das Almas, no Agreste, durante o primeiro dia de fiscalização de adutoras, nesta quinta-feira (23). Os técnicos da Compesa estimam que os cinco estabelecimentos, considerados de pequeno porte, estavam utilizando sete milhões de metros cúbicos de água por mês, consumo irregular que daria para atender 700 residências populares, beneficiando cerca de 3,5 mil pessoas.
As ligações clandestinas foram cortadas e os proprietários orientados a se regularizar com a Companhia. Como eles não são clientes, não cabe multas aos infratores. Os técnicos da Companhia, porém, vão voltar freqüentemente ao local. Caso os proprietários não optem pela regularização e reincidam na ligação clandestina, a Compesa vai denunciá-los ao Ministério Público.
Essa ação de combate aos furtos de água na adutora de Jucazinho foi intensificada em função de queda de vazão dos sistemas de abastecimento em algumas cidades do interior. A meta da operação é recuperar a produção dos sistemas afetados pelos desvios. “Essas irregularidades prejudicam a distribuição e, em alguns casos, as perdas chegam a 60%”, afirmou o diretor de Serviços Operacionais da Compesa Roberto Tavares.
A idéia é que essa fiscalização seja permanente. “A nossa expectativa é encontrar entre 2 mil e 2,5 mil ligações clandestinas na adutora de Jucazinho”, prevê Marcílio Araújo, coordenador geral da operação de fiscalização das adutoras. A população pode ajudar a coibir os desvios de água fazendo denúncias pelo teleone 0800 081 0195 ou pelo site da Compesa. Não é exigida a identificação do colaborador.
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