sexta-feira, 24 de outubro de 2008

COMEÇA O MAIOR PROGRAMA DE PEIXAMANTO DE PERNAMBUCO


Foi iniciado nesta quinta-feira (23), o projeto de peixamento na Barragem de Carpina, na Zona da Mata de Pernambuco. Quatrocentos mil alevinos (filhotes de peixes) foram introduzidos nas águas do reservatório. A iniciativa é uma realização do governo do Estado, numa parceria da secretaria de Recursos Hídricos e secretaria de Agricultura e Reforma Agrária. Os secretários João Bosco de Almeida (Recursos Hídricos) e Ângelo Ferreira (Agricultura) participaram do evento que marcou o início da ação, realizado na Prainha, na comunidade Ribeiro Grande, município de Limoeiro.

O projeto tem como meta melhorar a atividade pesqueira, gerando mais alimento e incremento da renda de 2 mil pescadores de Limoeiro, Carpina, Lagoa de Itaenga, Lagoa do Carro e Feira Nova – atendidos pela Barragem de Carpina. Outro objetivo da iniciativa é contribuir para melhorar a qualidade da água do reservatório com a introdução de espécies de peixes consideradas “fitossanitárias”, como a carpa prateada e o tambaqui. Ao se alimentarem dos organismos existentes no manancial, estes peixes favorecem o equilíbrio ambiental e a melhoria da qualidade da água que também é utilizada para o consumo das comunidades do entorno.

Nos próximos meses, mais 850 mil alevinos, incluindo a espécie curimatã pacu serão colocados no reservatório. Para garantir o sucesso do peixamento, durante os próximos quatro meses, os pescadores não poderão pescar as espécies introduzidas agora no reservatório. Neste período, as carpas prateadas e tambaquis capturados terão que ser devolvidos à água para que possam crescer e se reproduzir. “Antes se conseguia pescar de 20 a 30 quilos diariamente. Hoje, a produção está pequena, a gente só tira 1 ou 2 quilos por dia, mesmo colocando 20 redes”, explicou o pescador José de Arimatéia Lourenço.

De acordo com o presidente da colônia de pescadores Z-18, Ednaldo Herculano da Silva, o peixamento traz a expectativa de minimizar os problemas enfrentados pela atividade pesqueira na região. “A gente está passando necessidade, porque nos últimos 2 anos, a produção caiu muito aqui, devido a diversos fatores, como a pesca predatória, principalmente. Com esse projeto do governo esperamos poder ter uma produção de 10 a 12 quilos de peixe por dia”, falou.

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