Igarassu e Goiana foram escolhidos para serem beneficiados inicialmente por ações do Projeto Maré da Gente, para promover a eqüidade social, através da redução da pobreza e aumento da cidadania em comunidades tradicionais costeiras em quatro Estados nordestinos. A ação será executada em Pernambuco com apoio do Instituto Agronômico de Pernambuco – IPA, órgão da Secretaria Estadual de Pernambuco. Para isto foi firmado um convênio internacional, no qual a entidade passa a integrar uma rede de instituições que atuarão em comunidades pesqueiras. O projeto é coordenado pela Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca da Presidência de República e pela World Fisheries Trust (instituição canadense).
Além de Pernambuco, serão beneficiados com ações do Projeto Maré da Gente vários municípios litorâneos na Paraíba, no Rio Grande do Norte e na Bahia. A ação prevê investimentos de US$ 3,127 milhões e deverá atingir diretamente 350 famílias. Para alcançar o objetivo de melhorar o manejo dos estoques naturais aliado a práticas de cultivo e as práticas de beneficiamento, o projeto deverá incluir, além da inovação tecnológica, a abordagem participativa e a análise integrada de questões relacionadas à equidade e valorização do capital humano.
Participam do Maré da Gente, as Universidades Federal Rural de Pernambuco – UFRPE e a Federal da Paraíba - UFPB e a Agência Nacional de Estudos e Restauro do Patrimônio – AERPA. Segundo o extensionista do IPA e responsável pelo projeto, Iru Guimarães, a presença de bancos naturais já explorados e a importância econômica para o Estado da pesca de moluscos, principalmente do marisco-pedra Anomalocardia brasiliana e da ostra-do-mangue Crassotrea rhizophorae, foram os principais critérios da escolha dos dois municípios.
As ações do projeto incluem o levantamento das potencialidades das comunidades, a pesquisa participativa sobre os bancos de moluscos e a elaboração e implantação de um plano de co-gestão dos estoques. Está prevista a potencialização da capacidade humana e institucional dos parceiros para atender aos objetivos do projeto, através de intercâmbios técnicos e apropriação de novas metodologias e tecnologias.
Para Iru Gimarães, o IPA como instituição de extensão rural do estado, tem como desafio e oportunidade promover o desenvolvimento sustentável nessas comunidades pesqueiras, contribuindo para a equidade social e conservação dos recursos pesqueiros.
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